A construção da estratégia foi alicerçada numa metodologia constituída por 5 etapas (figura 2), previamente delineadas e validadas pela equipa técnica de especialistas da UNU-EGOV que prestaram assistência técnica no processo, os stakeholders (academia, setor privado, sociedade e departamentos governamentais) e a CNED. Também, foi alicerçado a sua concessão num quadro de princípios, nomeadamente:

- Alinhamento com documentos estratégicos de relevo (Programa de Governo IX Leg., Agenda Digital, Resolução n.º 54/2020, entre outros);
- Alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, das Nações Unidas;
- Forte alicerce em Índices Internacionais (UN/Egovernment Survey; WB/Ease of Doing Business Report; ITU/Global Cybersecurity Index);
- Transversalidade;
- Alinhamento com as Estratégias Setoriais;
- Participação de integrantes dos mais diversos setores (Governo, Setor Privado, Academia e sociedade).
Procurou-se, contudo, que a sua conceção detalhada resultasse de um processo cuidado de auscultação e diagnóstico do contexto nacional no que concerne aos níveis atuais de disponibilização de serviços públicos digitais, infraestruturas, atores chave, políticas públicas e estratégias de desenvolvimento, enquadramento legal e regulamentar. Uma atenção particular foi dada aos diferentes índices que aferem, numa perspetiva internacional, os níveis de desenvolvimento da governação digital e do seu impacto na agilização da economia e no aprofundamento da participação cidadã. Mais do que a posição corrente do país nesses índices, procurou-se compreender a sua evolução ao longo dos anos e integrar as lições que esse percurso traz no desenvolvimento de uma análise de forças, fraquezas, ameaças e oportunidades neste domínio.