Princípios

A elaboração da Estratégia para a Governação Digital de Cabo Verde seguiu um processo rigoroso de análise documental complementada por interações diretas com diversos atores-chave neste domínio através de questionários, entrevistas, oficinas e, sobretudo, do feedback constante proporcionado pela equipa de missão mandatada pelo Governo de Cabo Verde com um conhecimento profundo da realidade e dos desígnios estratégicos que o país tem vindo a tomar como seus. 

Naturalmente, o processo de trabalho fez uso exaustivo de recursos de revisão de literatura científica na área da governação digital, assim como da análise de estratégias digitais de diversos países e do estudo da evolução de rankings internacionais de interesse para Cabo Verde neste e em domínios associados. 

A Figura 1 representa o modelo concetual adotado, no qual a Estratégia que este documento apresenta tem a montante a um conjunto de bases de natureza programática de políticas estratégicas, que se designam por pilares, e que, como o nome indica, foram tomados como ponto de partida orientador. A jusante, surge um plano de ação que, numa fase subsequente, deverá operacionalizar os objetivos e medidas estratégicas aqui propostos, definindo a respetiva priorização, concretizando a sua implementação, definindo calendarizações e recursos necessários, estabelecendo os mecanismos de avaliação e monitorização associados. 

Todas as componentes da metodologia, desde o modelo conceptual até a última etapa de elaboração da estratégia adotam como premissa a coerência entre os respetivos pontos de partida e chegada. Assim, a metodologia seguida é composta por um conjunto de cinco etapas balizadas pelos insumos/inputs que consomem e pelos resultados/outputs que geram. Os outputs de cada uma das etapas dependem dos inputs que recebem, assegurando-se assim a coerência interna do exercício.